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Greve deixará alunos da UFPA e Ufra sem aulas

A partir de amanhã, os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) iniciam greve por tempo indeterminado. A decisão na UFPA foi tomada na manhã de ontem, em assembleia realizada no hall da reitoria da instituição, que reuniu alunos e docentes.
A greve segue a orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes - SN), que também prevê greve em outras instituições de ensino superior no país. Os professores estão insatisfeitos com o descumprimento do acordo salarial por parte do governo, que previa o reajuste de 4% no salário base, incorporação das Gratificações Específica do Magistério Superior (Gemas) e da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT) ao vencimento básico.
Segundo o professor Gilberto Marques, membro da diretoria da Associação de Docentes da UFPA (Adufpa), a principal reivindicação da categoria se refere à reestruturação da carreira. “Uma educação pública e gratuita de qualidade sem um salário digno é impossível de manter”, ressaltou.
ALERTA
Ainda segundo o professor, a greve foi a saída encontrada pela categoria para alertar para os problemas enfrentados. “Chegamos no limite. Estamos há sete anos sem recomposição salarial na prática. Existem professores com doutorado e que trabalham 40h semanais que recebem menos que algumas categorias de nível médio do funcionalismo público”.
Após a assembleia, os professores foram até o gabinete do reitor para protocolar a pauta local de reivindicações, que inclui itens como a melhoria de condições de trabalho nos laboratórios e nas salas de aula e mais segurança no campus. Amanhã, os docentes realizam um ato público no portão principal da universidade.
A decisão de greve divide a opinião dos alunos. Para a estudante Keila Soares, a iniciativa é válida. “Se isso vai ajudar os professores a oferecerem uma educação com maior qualidade, acho que dá para entender”, afirmou. Já Denise de Assunção é contra. “Nessas questões de greve sempre quem sai perdendo somos nós estudantes”.
Através de nota, a reitoria da UFPA esclareceu que respeita o direito à greve dos docentes da universidade, informa que está acompanhando as discussões e confia no diálogo entre os sindicatos e o governo federal como caminho para a obtenção de melhores condições de trabalho e remuneração nas instituições públicas de ensino superior.
UFRA
Os professores da Ufra também decidiram paralisar suas atividades a partir de amanhã. A decisão foi tomada por unanimidade em assembleia geral realizada ontem. “Temos acompanhado um gradativo aumento na oferta de vagas para os estudantes, mas não há a contrapartida no número de professores o que impossibilita a melhoria do ensino”, argumenta Adélia Coelho, vice presidente da Associação dos Docentes da Ufra.
Atualmente, a instituição conta com 251 professores de graduação e pós-graduação. Amanhã eles voltam a se reunir para definir uma escala de trabalho que garanta a manutenção de serviços essenciais, como alimentação dos animais e cuidados com os cultivos. (Diário do Pará)

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