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Ambulantes querem condenação de prédio

Ambulantes querem condenação de prédio (Foto: Ney Marcondes)

Quando o fluxo de pessoas já era intenso no Centro Comercial, muitos ambulantes da rua João Alfredo ainda tentavam improvisar suas barracas ao longo da via. Em frente ao prédio onde deverá funcionar o shopping, que abrigará parte dos vendedores informais da rua, o assunto ainda era a interdição do prédio pelo Corpo de Bombeiros na última quarta-feira.

Integrante da comissão dos trabalhadores do Centro Comercial, Manuel Rendeiro, também conhecido como ‘Didi’, informou que, após a interdição dos bombeiros, os ambulantes decidiram solicitar outros três laudos técnicos sobre a estrutura do edifício. “Queremos condenar o prédio. Queremos também a avaliação de técnicos que tem conhecimento sobre o assunto”, disse. “Por isso, precisamos enviar o ofício para que a UFPA (Universidade Federal do Pará), o Renato Chaves (Centro de Perícias Científicas Renato Chaves) e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) avaliem o prédio”.

De acordo com o tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Daniel Rosa, o edifício continua interditado desde que a corporação identificou problemas com a instalação de equipamentos de segurança no local, na última quinta-feira. A vistoria teria impossibilitado o remanejamento dos ambulantes para o prédio.

“Por exemplo, a saída e o acesso principal que precisam ser adaptadas também como saídas de emergência”, disse ao lembrar que a Secretaria Municipal de Economia (Secon) não tem um prazo determinado para fazer as adequações. “Após a conclusão, a secretaria deve solicitar nova vistoria ao Corpo de Bombeiros”.

Enquanto o problema não é resolvido, os ambulantes, que voltaram a ocupar a via desde ontem, se mostravam insatisfeitos com a situação. “Estou revoltada porque fizeram eu gastar R$500 em vitrine, arara para colocar lá (no shopping) porque disseram que ia mudar com urgência e não mudamos”, reclamava alterada a ambulante Nazaré Pantoja, que já trabalha na João Alfredo há 18 anos.

Mais a frente, Josias Martins parecia tranquilo em meio aos produtos de ‘patchouli’. Ele é um dos ambulantes que não serão realocados para o shopping e se sente aliviado por isso. “Se eu tivesse que ir para o shopping ia parar de vender, porque tenho medo de entrar lá”, disse ao informar dos comentários que apontam a falta de estrutura do prédio.

SECON

Em nota, a Secon informou que já foi realizada a contratação do engenheiro calculista para fazer uma vistoria no prédio, conforme orientado pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a nota, o engenheiro já fez uma vistoria prévia no local e a expectativa é de que o laudo seja entregue até o início da semana que vem. Com a entrega do laudo, a secretaria espera que até o final da próxima semana as exigências estejam solucionadas. (Diário do Pará)

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