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Diabéticos terão reforço na atenção básica


Diabéticos terão reforço na atenção básica (Foto: Daniel Pinto)
No Pará, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 184.859 pessoas com diabetes. Estima-se que 80% (147.831) sejam atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, pouco mais de 79 mil estão cadastradas no Hiperdia, o sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos. Para elevar esse índice, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) devem assinar um termo de cooperação técnico-científica no próximo mês.
A proposta foi apresentada na última quinta-feira pelo presidente da SBD, Balduíno Tschiedel, ao secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, que aceitou a proposta. O termo prevê atividades conjuntas de formação de recursos humanos, educação permanente, aprimoramentoprofissional e cooperação científica e tecnológica para desenvolver a atenção aos diabéticos paraenses. A partir disso, a Sespa saberá como está a rotina de distribuição de insumos e medicamentos e quais as dificuldades e prioridades no atendimento aos pacientes diabéticos.
PROTOCOLO
Para a coordenadora estadual do Hiperdia, Marta Bouillet, a parceira deve reforçar a atenção básica aos diabéticos. “Juntos vamos poder construir protocolos clínicos, orientar e acompanhar esses pacientes. E, em três anos, qualificar todos os médicos da atenção básica da rede pública paraense”, afirma.
Ela ressalta a importância do apoio das sociedades médicas. “A parceria da SBD e o apoio de todas as sociedades são fundamentais para que eles se sintam participantes desse processo. Reforçando a rede básica, vamos diminuir as filas nos hospitais com essas referências e, em longo prazo, diminuir os casos de crônicos renais”, reforça.
Uma das preocupações da SBD é com a prescrição da insulina e outros medicamentos específicos. Segundo ela, mais de 70% dos pacientes com diabetes tipo 2 não precisam de insulina, assim como os pacientes com diabetes tipo 1. Com a capacitação dos médicos da rede básica, a assistência ao diabético tende a melhorar e deve reduzir os encaminhamentos para especialistas.
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o diabetes atinja doze milhões de pessoas em todo o mundo. A dona de casa Suely do Carmo descobriu o diabetes há cerca de 10 anos e é cadastrada no Hiperdia. “Procurei o posto, fiz os exames e foi diagnosticado que eu tinha diabetes. Na minha família todo mundo teve. Tenho dois tios mutilados por conta disso, meu ex-marido perdeu a audição por causa do diabetes. Eu sei que é uma doença silenciosa e, por isso, tomo muito cuidado”, relata.
Suely toma duas cartelas de remédios por mês e dois comprimidos por dia. “Cortei açúcar, só uso adoçante, controlo até o sal e morro de medo de me cortar”, diz.
(Diário do Pará)

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