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Nova Ipixuna: acusados devem passar por acareação

O terceiro acusado de ter matado o casal de extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva - assassinados a tiros no dia 24 de maio no Projeto de Assentamento Praialta Piranheira -, Alberto Lopes Teixeira do Nascimento, o “Neguinho”, negou o crime durante depoimento ao delegado Sílvio Maués na noite de quinta-feira.
Segundo o delegado, a negativa já era previsível, pela repercussão do crime, porém, no inquérito que apura o caso, há indícios de participação do acusado, tanto que o retrato falado confeccionado com base em informações fornecidas por colonos aponta para uma semelhança de quase 90%.
O passo seguinte do inquérito seria provocar uma acareação entre os colonos e o acusado, o que deve acontecer na próxima semana.
Alberto do Nascimento foi preso na noite de quarta-feira, em Nova Ipixuna, por uma guarnição do sargento Brito, com participação do investigador Benjamin, após uma denúncia anônima. O acusado estava desarmado e não reagiu. Na verdade, Neguinho estava morando em Jacundá, mas nos últimos dias se refugiou em Nova Ipixuna.
Os outros dois envolvidos, José Rodrigues Moreira e o irmão dele, Lindonjonson Silva Rocha, foram presos na manhã do último domingo, numa zona rural de Novo Repartimento. Eles também negaram o crime.
CONDENADO
Segundo o delegado Sílvio Maués, o fato novo na prisão de Alberto Lopes Teixeira do Nascimento, o “Neguinho”, é que ele tem uma condenação de 8 anos e nove meses por roubo qualificado. A sentença é da 3ª Vara da Comarca de Tucuruí. A prisão dele deve ser comunicada nesta comarca a fim de que o acusado fique preso por mais tempo.
As armas apreendidas durante a prisão - os três revolveres e uma espingarda - foram encaminhadas na manhã de ontem ao Centro de Perícias Científicas de Marabá. O perito José Augusto Barbosa de Andrade se encarregou de encaminhá-las para o teste de microcomparação balística com os projéteis retirados dos corpos dos extrativistas.
Vale lembrar que os corpos de José Claudio e Maria do Espírito Santo continham marcas de tiros de espingarda cartucheira e de revólver calibre 38.
Apesar de o acusado estar negando a participação no crime, Sílvio Maués acredita que seja ele mesmo quem estava sendo transportado na moto vermelha pilotada por Lindonjonson.
“É fato, o Lindonjonson foi reconhecido pilotando a moto e o ‘Neguinho’, mesmo negando, as testemunhas forneceram as características dele, portanto deve ser feito um reconhecimento a fim de se confirmar tais informações das testemunhas”, conclui o delegado.
EXAME DE BALÍSTICA
Os três revólveres e uma espingarda apreendidos com os acusados foram encaminhados para o Centro de Perícias Científicas para comparação com os projéteis encontrados nos corpos do casal de extrativistas.

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