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Fervendo na folia, mas com camisinha

“É um período de alegria, de calor humano, azaração, e quando a gente vê, o clima pega fogo”. Assim o estudante Daniel Lima, 22 anos, define o carnaval. Para ele, que sempre curtiu a festa solteiro, a folia chega em 2012 com uma pequena novidade. “Sempre curti o carnaval sozinho, agora que estou namorando, vai ser diferente, estou mais calmo, mas vai continuar rolando, com uma diferença. Será uma só”, revela o jovem, dando risada.
Mara Rocha, diretora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde Belém, ouve jovens como Daniel diariamente. “Nessa fase os hormônios estão à flor da pele e durante o carnaval, na empolgação, calor, corpos mais aparentes, isso se intensifica. Não dá para fechar os olhos para essa realidade, por isso nosso foco são os jovens de 14 a 26 anos”, diz Mara.
Segundo ela, o trabalho do CTA, que nas campanhas de carnaval anteriores estava mais vinculado aos portais da folia montados pela Prefeitura de Belém, agora está descentralizado. Equipes do órgão estão espalhadas em vários pontos da cidade, atuando na prevenção, educação e diagnóstico de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e aids, junto aos blocos carnavalescos e em tradicionais pontos de concentração de foliões nos bairros. Preservativos e panfletos educativos já estão sendo distribuídos no município.
No Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), mais de dois milhões de preservativos masculinos estarão disponíveis para os foliões, que receberão orientação técnica durante as cinco noites de carnaval. Além da aids, hepatites virais e dengue estão no foco da campanha de carnaval 2012.
De acordo com a diretora de Vigilância à Saúde da Sespa, Roseana Nobre, a alegria e êxtase aliados ao descompromisso durante o carnaval contribuem para que a população reduza a vigilância e se exponha a doenças sexualmente transmissíveis. Em 30 anos, segundo o Ministério da Saúde, foram notificados em todo o Estado mais de 12 mil casos de aids. No ano passado, o Pará registrou 250 casos de hepatite B e 79 do tipo C.

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