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Ipamb: presidente diz que suspeitas serão apuradas

"Tenho todo o interesse de apurar isso. Mas, até que se prove o contrário, todos são inocentes", declarou o presidente do Ipamb (Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém), Oséas Batista da Silva Júnior, em coletiva À imprensa, concedida na manhã de hoje (16), sobre os esquemas de fraudes na folha de pagamento, de servidores públicos municipais, divulgados na edição de domingo (15) no Diário do Pará.
Apesar de ainda não assumir a veracidade das fraudes, Oséias Júnior, que é advogado, avalia como o esquema pode ter passado despercebido aos olhos da administração do órgão. "Falta descobrir se manipularam o sistema ou a contabilidade", afirmou, quando questionado sobre a falha.
Além de Renato Spinelli, coordenador do Núcleo de Informática do Ipamb e à época diretor geral em exercício, e de Diego Saavedra Pinheiro, técnico de informática, estão respondendo à sindicância administrativa outros três servidores, entre os quais Maiko Orlando Pereira Oliveira, também lotado na área de informática. A identidade de uma quinta pessoa, que teria se passado por servidor, segundo Oséias, está sendo investigada pelo Ipamb. Os quatro servidores já identificados permanecem afastados dos cargos.
O presidente do Ipamb informou que o resultado da sindicância, aberta no dia 19 de março para apurar se houve ou não a irregularidade, deve ser divulgado em menos de 60 dias. Ele não quis estimar o valor dos gastos que teriam sido feitos ilegalmente.

AS SUSPEITAS

A suspeita de fraude foi denunciada no dia 18 de março por uma rede de farmácias de Belém, em gravações de vídeo. Um grupo de cinco pessoas, quatro delas servidoras, chamou a atenção de empregados da rede pelas grandes retiradas feitas via Cartão do Servidor, mantido pela prefeitura.
O grupo fazia compras que somavam altos valores utilizando convênio mantido pelo Ipamb com duas redes de farmácia. Os valores, conforme a denúncia, eram debitados nas contas dos servidores municipais.
Em dezembro de 2011, vários servidores tiveram descontos aparentemente fora da realidade em seus contracheques. Filas de insatisfeitos se formaram no Ipamb em busca de explicação para o fato. Para todos, Spinelli informava que se tratavam de resíduos que o Ipamb deixou de descontar e se acumularam, daí os valores mais altos.Pelas contas de Spinelli, havia endividados em massa com as compras em farmácias. (DOL)

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