Há apenas alguns meses o comerciante João Carlos comprava um quilo de Dourada a apenas R$10. Na manhã do último sábado, porém, apenas uma nota não foi suficiente para garantir o abastecimento de peixe no restaurante que mantém. À medida que se aproxima a Semana Santa, marcada pela tradição de trocar a alimentação à base de carne vermelha pela de peixe, os preços também aumentam e assustam quem vai às feiras em busca do produto. “Agora a dourada tem dias que só encontro de R$15, R$16. Quando está assim eu aviso logo que não vai ter peixe no restaurante”, afirma.
Segundo ele, que afirma gastar uma média de R$100 por dia com pescado, os preços começaram a se elevar acima do normal a partir do último mês. “Tá muito caro, um absurdo. Compro todo dia peixe e vejo que aumentou muito desde março”. Apesar da reclamação, ele afirma que fará um esforço para manter a tradição.
Na Feira de São Brás, a situação não era muito diferente. Ao constatar o preço do seu peixe preferido, a pescada amarela, a doméstica Bernadete Reis chegou a se assustar. “Está R$20! Levei um susto muito grande. Vou ter que ter uma ideia diferente para a Semana Santa porque não tem condições de ter peixe esse ano. São quatro quilos pra minha família”, avalia. “Estou levando essa pescadinha (Pescada Gó) que ainda tá R$12. Na Semana Santa vou ver se fazemos frango... qualquer outra alternativa”.
Além dos consumidores, o preço do pescado também não agradou aos feirantes. Acostumado a vender peixe durante todo o ano, Ronny Almeida sentiu a queda nas vendas com a subida dos valores. “O preço disparou, infelizmente. Mas não é só o preço, o peixe também está em falta”, reclama.
À procura de filhote para comprar, o agrônomo Joel Moreira também compartilha a mesma opinião. “Filhote não tem, tô levando dourada. O peixe não aparece, sinal de que está saindo”. (Diário do Pará)
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Preço do pescado está assustando consumidores
Segundo ele, que afirma gastar uma média de R$100 por dia com pescado, os preços começaram a se elevar acima do normal a partir do último mês. “Tá muito caro, um absurdo. Compro todo dia peixe e vejo que aumentou muito desde março”. Apesar da reclamação, ele afirma que fará um esforço para manter a tradição.
Na Feira de São Brás, a situação não era muito diferente. Ao constatar o preço do seu peixe preferido, a pescada amarela, a doméstica Bernadete Reis chegou a se assustar. “Está R$20! Levei um susto muito grande. Vou ter que ter uma ideia diferente para a Semana Santa porque não tem condições de ter peixe esse ano. São quatro quilos pra minha família”, avalia. “Estou levando essa pescadinha (Pescada Gó) que ainda tá R$12. Na Semana Santa vou ver se fazemos frango... qualquer outra alternativa”.
Além dos consumidores, o preço do pescado também não agradou aos feirantes. Acostumado a vender peixe durante todo o ano, Ronny Almeida sentiu a queda nas vendas com a subida dos valores. “O preço disparou, infelizmente. Mas não é só o preço, o peixe também está em falta”, reclama.
À procura de filhote para comprar, o agrônomo Joel Moreira também compartilha a mesma opinião. “Filhote não tem, tô levando dourada. O peixe não aparece, sinal de que está saindo”. (Diário do Pará)