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Polícia cumpre mandados de busca e prisão no Ipamb

Polícia cumpre mandados de busca e prisão no Ipamb (Foto: Felipe Saraiva) 

Às 6h40 desta sexta-feira (29), delegados da Polícia Civil e o promotor Nelson Medrado, do Ministério Público do Estado (MPE), chegaram ao Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb), localizado na travessa Enéas Pinheiro, entre as avenidas Almirante Barroso e João Paulo II, para realizar a Operação Hígia.

Ao todo, 70 pessoas e nove equipes formadas por promotores de justiça do Ministério Público do Estado (MPE), delegados e investigadores da Polícia Civil participam da operação para executar cinco mandados de prisão e nove de busca e apreensão relacionados às investigações das denúncias de fraudes nos convênios do Ipamb firmados com farmácias particulares de Belém, além de indícios de nepotismo ou nepotismo cruzado na instituição.

De acordo com informações do diretor do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Cláudio Galeno, algumas prisões já foram efetuadas.  O delegado Rogério Moraes, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) e o promotor de justiça Nelson Pereira Medrado, que atua na promotoria de Direitos Constitucionais Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, também acompanham a operação.

No início da manhã, eles aguardaram a chegada de Oséas Silva Júnior, presidente do Ipamb, mas como o dirigente não apareceu, parte da equipe deixou o local. O Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil (GPE) permaneceu para realizar a apreensão de computadores e documentos que comprovem as irregularidades.

Os mandados dirigem-se às pessoas que estão supostamente envolvidas no esquema , de dentro e fora do instituto. Segundo informações do Grupo de Prevenção e Repressão as Organizações Criminosas (Geproc), a fraude era feita da seguinte forma: Foi criado um cartão para compra de medicamentos no qual o funcionário do Ipamb tem uma margem de 30% do seu salário. As margens eram aumentadas irregularmente para percentuais acima de 30%. Eram criadas pessoas fictícias as quais eram emitidos cartões. As compras nestes cartões fraudados eram utilizados para comprar eletrodomésticos e celulares, em vez de medicamentos. Quando as farmácias enviavam as contas para o Ipamb, nada estava registrado, pois as compras eram apagadas do sistema.

(DOL)

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