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Polícia desmonta bando responsável por assaltos a bancos no interior do Pará

Polícia desmonta bando responsável por assaltos a bancos no interior do Pará

A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira, 22, na Delegacia-Geral, em Belém, seis integrantes de uma quadrilha de assaltantes de banco responsável por dois crimes de roubos a bancos, nas cidades de Tucumã, sudeste do Pará, e São Félix do Xingu, sudoeste do Estado. Os criminosos foram transferidos para a capital para ficarem recolhidos à disposição da Justiça. A apresentação foi presidida pelo delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e contou com as presenças dos diretores de Polícia do Interior, Silvio Maués; de Polícia Especializada, João Bosco Rodrigues, e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), delegado Cláudio Galeno, e o comandante de Missões Especiais (CME), da Polícia Militar, coronel Lázaro Saraiva. Foram apresentados Gilson Gomes de Sousa, Kenniscley Carvalho da Costa, os baianos Rodrigo Sousa da França, de apelido “Salvador”, e Ronaldo Rodrigues de Sousa, de apelido “Galego”; o piauiense Alexandre Dias Paes, conhecido por “Sandu”, e o paraense Joabi Martins Rodrigues. Também estão presos por envolvimento nos roubos Elvécio Sobrinho e Deusdete Carvalho, 61 anos, permanecem presos no interior do Estado.

Deusdete, armas e material apreendido
Deusdete, armas e material apreendido
O bando cometeu em duas modalidades conhecidas como “vapor”, em que os assaltantes sitiam a cidade, invadem o bando e fazem reféns, e “sapatinho”, no qual os assaltantes fazem refém a família de um funcionário do banco para obrigá-lo a retirar valores do cofre. Os crimes ocorreram nos municípios de Tucumã (valor) e São Félix do Xingu (sapatinho). Gilson Gomes de Souza, que é comerciante em São Félix do Xingu, é apontado como o mentor de quadrilha de assaltantes. Ele foi preso, no último dia 12, durante tentativa de assalto à uma agência bancária em São Félix do Xingu. O comerciante confessou em depoimento ser o idealizador do assalto na modalidade conhecida por “sapatinho”, no qual familiares do gerente do Banco do Brasil do município foram sequestrados e o bancário passou a ser coagido a pagar mais de R$ 500 mil de resgate. Além do comerciante, Elvécio Pereira Sobrinho, foi preso por participação no esquema.
Após as prisões, as Polícias Civil e Militar fizeram buscas na mata na área rural de São Félix do Xingu e estradas vicinais. No dia 14, dois dias após o crime, os policiais encontraram e prenderam o terceiro membro do bando – Kenniscley Carvalho da Costa, que estava escondido numa fazenda próxima ao centro urbano da cidade. Ele foi reconhecido pelas vítimas do crime como um dos homens que invadiu a casa do gerente e tomou a família refém. Costa foi apontado nos depoimentos como autor do disparo que feriu o capitão da PM durante o cerco policial. “Ele possui diversas passagens pela Polícia, no Pará e na Bahia, e responde a diversos processos criminais, na Comarca de Ourilândia do Norte, no Pará, em Correntina, São Desidério e Ibotirama, no Estado da Bahia. A maioria por crimes é por roubo e receptação”, explica o delegado Cláudio Galeno. Após as prisões dos três membros do bando, as investigações policiais continuaram sob comando do Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil e do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação), de Redenção. Os policiais descobriram que o restante do bando estava escondido em Ourilândia do Norte, onde aguardava apoio e condições para a fuga com destino ao Estado da Bahia.
Em decorrência das investigações, foi solicitada ao Poder Judiciário, à frente o juiz de Direito Celso Gusmão de Moura, de São Félix do Xingu, a prisão preventiva dos outros envolvidos. "A investigação policial demonstrou que a quadrilha usava como apoio e esconderijo a chácara de Dusdete Carvalho, 61 anos, na zona rural de Ourilândia do Norte", explica. Pai de Kenniscley, Deusdete foi responsável em fornecer apoio logístico e esconderijo para a quadrilha. Ele também intermeditou a tentativa de fuga dos criminosos para o Estado da Bahia. Na casa dele, os policiais apreenderam uma espingarda calibre .20; um revólver calibre .38; cartuchos de calibre .20; munição de calibre 9mm; uma moto-serra e restos de jacaré. O bando planejava, segundo explica Galeno, a fuga de Ourilândia do Norte para a cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, no momento em que houve a prisão do grupo. “Realizamos intenso trabalho de campo, o possibilitou a vigilância dos foragidos e a prisão deles, em parceria com a Polícia Civil do Estado do Tocantins, logo após os bandidos saírem da cidade de Porto Nacional, em Tocantins, onde foi presa parte do bando”, explica.
Deusdete permanece preso em Ourilândia do Norte, por ordem judicial, devido à idade e saúde debilitada. A quadrilha, conforme as apurações, também é responsável pelo assalto a banco Bradesco, em Tucumã, registrado em 6 de julho deste ano, quando um grupo de 10 homens armados assaltou, na modalidade conhecida como “vapor”. O bando saqueou dinheiro do cofre, dos caixas e dos terminais de autoatendimento. Encapuzados, eles usavam luvas e estavam armados. Os bandidos ordenaram que as pessoas – clientes e funcionários - deitassem no chão. Parte do grupo entrou no banco e outra parte ficou em frente ao local. Segundo o relato registrado em boletim de ocorrência, os bandidos teriam permanecido por volta de 1 hora no banco. Na saída, os assaltantes levaram para a frente do banco alguns clientes que usaram como escudo humano. Dois carros, uma caminhonete Montana preta e uma Triton prata – foram usados para levar reféns, entre os quais o gerente do banco. Na rodovia PA 279, o gerente e outros reféns foram liberados. Os assaltantes seguiram em direção à estrada vicinal V-06. As investigações apontaram a quadrilha como responsável por outros crimes de “vapor” e “sapatinho” no Pará e em outros Estados da federação.
Em decorrência das investigações, foram presos quatro envolvidos no assalto. Do mesmo grupo, já estava preso anteriormente Daniel Nonato Cardoso Machado da Silva, conhecido como “Camarão”, que era responsável em fazer o levantamento de cidades paraenses alvos da quadrilha. Ele mapeava os locais, indicando acessos e possíveis rotas de fuga. Da agência bancária, foram levados cerca de R$ 300 mil em dinheiro. As investigações apontaram a quadrilha como responsável por outros crimes de “vapor” e “sapatinho” no Pará e em outros Estados da federação. O trabalho de investigação prossegue para chegar a outros envolvidos nos crimes. "Não temos medido esforços para combater o crime. Onde houver roubo, que não conseguirmos evitar, vamos buscar os autores onde estiverem", enfatizou o delegado-geral adjunto. Conforme o delegado Silvio Maués, mais de 50 assaltantes de banco foram presos, só no ano passado, no Estado. O coronel Saraiva enfatizou que já foi feito um planejamento em que 32 localidades já recebem reforço policial, no interior do Estado, para prevenção de roubos a bancos. "Estamos ampliando para mais cidades", assevera.

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