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Hospitais regionais do Pará vão paralisar hoje


Hospitais regionais do Pará vão paralisar hoje (Foto: Eunice Pinto/ Agência Pará)Enfermeiros, técnicos, auxiliares e agentes de portaria e vigilância de todos os hospitais regionais do Estado – incluindo o Metropolitano - começam a se revezar num esquema de paralisação, a partir de hoje. A cada dia, dois dos seis hospitais deverão funcionar apenas com 30% de sua capacidade. Os servidores reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação deve afetar de imediato os serviços de Raio-X e realização e resultados de exames. Na semana passada, os anestesiologistas cruzaram os braços diante do atraso de pagamento. 
A queixa dos servidores se refere, principalmente, com os que tiram plantão à noite. Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), José Francisco, o esquema de revezamento foi decidido a fim de evitar que a população paraense seja a maior prejudicada. “Nós vamos parar de dois em dois até porque a população não tem culpa”, frisou Francisco. 
Ele afirma que os trabalhadores não recebem aumento de salário há 15 meses, sendo que a data-base venceu em setembro passado. “Os trabalhadores não recebem o adicional de insalubridade – que é de 20% do salário. O trabalho é de alto risco, as vezes se sujam de sangue contaminado e até de fezes do paciente”, ressaltou. As péssimas condições de trabalho também se referem a pouca logística e infraestrutura dos hospitais para os servidores. “Quem trabalha à noite, enfrenta uma jornada de 12 horas e não pode tirar uma hora sequer para o descanso e mesmo que pudesse não tem espaço para que eles possam fazer isso. Não existe uma sala preparada com poltronas para relaxar. Nem jantar é servido para eles”, informou. Francisco diz também que na maioria dos hospitais regionais não há banheiro masculino e feminino, logo os trabalhadores não podem tomar banho e trocar de roupa no serviço. 
Os hospitais regionais de Breves, Altamira, Santarém, Marabá, Redenção e Metropolitano são administrados pela Pró-Saúde, instituição que, na concepção de Francisco, não estaria cumprindo a sua parte no acordo coletivo. São mais de quatro mil servidores nestes hospitais. 
Em Altamira, oeste do Pará, a paralisação já foi deflagrada desde o mês passado. Lá, o hospital regional está funcionando apenas com 50% dos trabalhadores. Sem um acordo definitivo a Pró-Saúde entrou com um pedido de abusividade da greve, ação negada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
No hospital regional de Breves, no Marajó, os trabalhadores também vão aderir ao revezamento. O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) informou que não há previsão de greve. Foi enviado e-mail sobre as denúncias à Assessoria de Comunicação da Pró-Saúde em São Paulo, mas não houve resposta.
(Diário do Pará)

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