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Assalto à micro-ônibus acaba em morte de motorista


Assalto e morte. Desespero e revolta. Esse foi o cenário de um assalto a micro- ônibus seguido do assassinato de uma vítima. O motorista do veículo, Erasmo da Oliveira Cruz, de 44 anos, tentou impedir que os dois assaltantes fugissem depois do roubo e se negou a abrir a porta do ônibus ao receber a ordem dos criminosos. Ele acabou sendo atingido por um tiro e morreu no local.
Segundo informações de um dos reféns, os assaltantes notaram a presença de uma viatura da PM e pediram para o motorista fugir. Nervoso, Erasmo teria estancado o veículo e impedido a fuga. “Foi quando um deles atirou. Não teve gritaria. Só ouvimos o tiro e depois vimos que o motorista já estava morto. Já durante as negociações, duas vítimas tiraram o corpo dele do ônibus e estenderam no chão”, relatou osegurança Waldemir Souza. Ao ser atingido, o motorista perdeu o controle do ônibus e o veículo atravessou a pista na Br-316, no Km 11, em Marituba, no sentido Benevides / Entroncamento. Nesse momento, cercados pela PM, os dois assaltantes fizeram cerca de oito reféns, entre eles crianças e idosos durante aproximadamente 40 minutos, até que todas as exigências fossem cumpridas e as vítimas liberadas. O assalto ocorreu por volta das 19h de ontem, no micro-ônibus da linha Almir Gabriel / Castanheira.
Deyvid de Nazaré Lima do Nascimento, 18, o atirador, e Marcelo Rodrigues Felix dos Santos, 24, foram presos e encaminhados para Central de Flagrantes de São Brás. O revólver calibre 38 com quatro munições, utilizado no crime, também foi apreendido.
Segundo o capitão Elder Barros do 21° Batalhão, as negociações seguiam com Marcelo, enquanto Deyvid apontava a arma para a cabeça de uma das vítimas.
De acordo com o tenente coronel Rosinaldo da Rotam, o atirador “agiu de forma fria e covarde”. Rosinaldo ressaltou que o motorista já estava baleado quando a polícia chegou ao local. “Infelizmente o trabalhador estava ferido, mas conseguimos salvar as outras vítimas. Eles queriam fugir e o motorista tentou evitar, mas é importante não reagir”.

REVOLTA
A população indignada com a morte do motorista, ameaçou invadir a Seccional de Marituba, onde acreditavam que os criminosos ficariam presos. Ao tentarem fazer justiça pelo assassinato do trabalhador, moradores se revoltaram contra a polícia jogando pedras nas viaturas. Para conter a situação, policiais militares precisaram utilizar bombas de efeito moral e balas de borracha, para evitar que a delegacia fosse invadida.
(Diário do Pará)

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